Vida acadêmica
Marco Antônio de Morais Alcantara
A tecnologia pode exprimir a ideia
de engenhosidade na busca de uma solução técnica. Os seus objetivos podem ser de interesse privado, público ou social. A sociedade
pode estar inserida no seu escopo de uma maneira tipo “causa e efeito”, sendo
ela o alvo do exercício de projetos e da criação de novos produtos, assim como, ela também pode gerar novas demandas, conforme os hábitos gerados pela inserção de
um projeto.
De acordo com uma discussão apresentada em [1], ainda que do ponto de vista do ensino genérico, a educação pode ser compreendida sob dois aspectos bem polarizados: (i) o de que a educação pode proporcionar a formação de pessoas “boas”, e desta forma a sociedade é enriquecida do ponto de vista moral, ou (ii) de que a educação é responsável pelo desenvolvimento da sociedade, no sentido econômico e de crescimento, proporcionando os recursos que são necessários. Este autor considera que os dois lados buscam diferentes visões, um do lado moral, e o outro do lado econômico (se apoiando no exemplo de sociedades que hoje são consideradas desenvolvidas, e ricas); não obstante, as duas idéias sejam complementares no sentido global. Ainda, é apresentado que, a educação tende a reproduzir os valores éticos de uma sociedade. Neste sentido, pode haver uma distância entre a “realidade existente” e a “realidade desejada”. Isto pode induzir o educador a três possibilidades: (i) ignorar as diferenças; (ii) assumir postura radical diante das incompatibilidades, no sentido de que nada pode ser feito para melhor adequação do ensino; (iii) visualizar os pontos comuns e trabalhar no sentido de se conciliar a realidade existente.
É neste sentido que são prescritas hoje as "Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia", conforme nova resolução, Resolução no 2 de 24 de abril de 2019. Esta procura conciliar os aspectos tecnológicos aos aspectos éticos e morais, considerando o ser humano, a responsabilidade social, o ambiente, e o atendimento às demandas. A parte referente à competências dadas aos egressos são transcritas ao longo da discussão.
Sobre o perfil e as competências esperadas do egresso, das novas diretrizes, destaca-se o Art. 3o “O perfil do egresso do curso de Engenharia deve compreender, entre outras coisas, as seguintes características: 1- ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica; II-estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora; III-ser capaz de reconhecer as necessidades do usuário, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de engenharia; IV- adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática; V- considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; VI- atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável”.
Para tanto o Art. 4 prescreve o que o curso de Engenharia deve proporcionar aos seus egressos ao longo da formação: “I- formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto: a) ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos; b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas; II- analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação: a) ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras. b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos; c) conceber resultados que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo. d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas; III- conceber, projetar e analisar os sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas; b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia; c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia; IV- implantar, supervisionar e controlaras soluções de Engenharia; a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia; b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto aos recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação; c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas; realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental; V- comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica: a) ser capaz de expressar-se adequadamente , seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de tecnologias disponíveis; VI- trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: a) ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante em equipes presenciais ou à distância, de modo que facilite a construção coletiva; b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente como em rede; c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais no mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (global/local); e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os aspectos da produção, de finanças, de pessoal e de mercado; VII- conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão: a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos da Engenharia na sociedade e no meio ambiente. b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isso ocorra também no contexto em que estiver atuando; e VII- aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos avanços da inovação: a) ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. b) aprender a aprender. Parágrafo único. Além das competências gerais, devem ser agregadas as competências específicas de acordo com a habilitação ou com ênfase do curso”.
Em termos das competências e formação dadas aos egressos, ainda se deve ressaltar o Art. 5o : “O desenvolvimento do perfil e das competências, estabelecidas para o egresso do curso de graduação em Engenharia, visam à atuação em campos em campos da área e correlatos, em conformidade com o estabelecido no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), podendo compreender uma ou mais das seguintes áreas de atuação: I- atuação em todo o ciclo de vida e contexto do projeto e produtos (bens e serviços), e de seus componentes, sistemas e processos produtivos , inclusive inovando-os; II- atuação em todo o ciclo de vida e contexto do de empreendimentos, inclusive na sua gestão e manutenção; e III- atuação na formação e atualização de futuros engenheiros e profissionais envolvidos em projetos de produtos (bens e serviços) e empreendimentos”.
A presença de grupos acadêmicos diversos promovem o exercício criativo na busca de respostas para desafios, além de inserir na formação do profissional da atualidade um conjunto de competências, de modo a poder melhor interagir em suas atividades, e então vencer os grandes desafios que lhe são impostos.
Historicamente, pode se notar que, desde as civilizações mais remotas o homem vem manipulando os produtos e as forças da natureza. Este aprendizado se deu tanto no campo, como nos setores tecnológicos, sendo o que aconteceu quando na percepção sobre as propriedades dos materiais de argila, de cal, da madeira, e da tecnologia do ferro, de modo a poder construir grandes edificações, embarcações, e obras de infraestrutura.
A tecnologia fora construída para governar e para dominar as forças da natureza. A ciência se encarregou de explorar estudos específicos, detalhando-os com base nas leis da física, da química, e da ciência dos materiais, de maneira a poder aperfeiçoar os meios, os equipamentos e os processos, com aplicação crescente na indústria de bens de duráveis e de consumo.
No período pós-revolução industrial a sociedade se tornou mais crítica diante de grandes contradições, as quais foram levantadas dentro de cada momento em que a sociedade viveu. Em tempos recentes, os problemas ambientais, de mobilidade, de demanda social passam a ser relevantes, despertando a atenção do meio técnico. Em uma nova fase, a tecnologia passou a ser a tecnologia "conciliatória", e ao mesmo tempo, de suprimento. Novos processos são criados, novos materiais e equipamentos são requeridos. Dentro deste escopo, surgem desafios, e a necessidade de profissionais que exercitem a criatividade, no objetivo de estarem aptos a dar respostas às solicitações contemporâneas.
De acordo com uma discussão apresentada em [1], ainda que do ponto de vista do ensino genérico, a educação pode ser compreendida sob dois aspectos bem polarizados: (i) o de que a educação pode proporcionar a formação de pessoas “boas”, e desta forma a sociedade é enriquecida do ponto de vista moral, ou (ii) de que a educação é responsável pelo desenvolvimento da sociedade, no sentido econômico e de crescimento, proporcionando os recursos que são necessários. Este autor considera que os dois lados buscam diferentes visões, um do lado moral, e o outro do lado econômico (se apoiando no exemplo de sociedades que hoje são consideradas desenvolvidas, e ricas); não obstante, as duas idéias sejam complementares no sentido global. Ainda, é apresentado que, a educação tende a reproduzir os valores éticos de uma sociedade. Neste sentido, pode haver uma distância entre a “realidade existente” e a “realidade desejada”. Isto pode induzir o educador a três possibilidades: (i) ignorar as diferenças; (ii) assumir postura radical diante das incompatibilidades, no sentido de que nada pode ser feito para melhor adequação do ensino; (iii) visualizar os pontos comuns e trabalhar no sentido de se conciliar a realidade existente.
É neste sentido que são prescritas hoje as "Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia", conforme nova resolução, Resolução no 2 de 24 de abril de 2019. Esta procura conciliar os aspectos tecnológicos aos aspectos éticos e morais, considerando o ser humano, a responsabilidade social, o ambiente, e o atendimento às demandas. A parte referente à competências dadas aos egressos são transcritas ao longo da discussão.
Sobre o perfil e as competências esperadas do egresso, das novas diretrizes, destaca-se o Art. 3o “O perfil do egresso do curso de Engenharia deve compreender, entre outras coisas, as seguintes características: 1- ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte formação técnica; II-estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias, com atuação inovadora e empreendedora; III-ser capaz de reconhecer as necessidades do usuário, formular, analisar e resolver, de forma criativa, os problemas de engenharia; IV- adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática; V- considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e de segurança e saúde no trabalho; VI- atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o desenvolvimento sustentável”.
Para tanto o Art. 4 prescreve o que o curso de Engenharia deve proporcionar aos seus egressos ao longo da formação: “I- formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto: a) ser capaz de utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e econômicos; b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia, considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o uso de técnicas adequadas; II- analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por experimentação: a) ser capaz de modelar os fenômenos, os sistemas físicos e químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação, entre outras. b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos; c) conceber resultados que gerem resultados reais para o comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo. d) verificar e validar os modelos por meio de técnicas adequadas; III- conceber, projetar e analisar os sistemas, produtos (bens e serviços), componentes ou processos: a) ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas; b) projetar e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de Engenharia; c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia; IV- implantar, supervisionar e controlaras soluções de Engenharia; a) ser capaz de aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a implantação das soluções de Engenharia; b) estar apto a gerir, tanto a força de trabalho quanto aos recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à informação; c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; d) projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os problemas; realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental; V- comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica: a) ser capaz de expressar-se adequadamente , seja na língua pátria ou em idioma diferente do Português, inclusive por meio do uso consistente de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), mantendo-se sempre atualizado em termos de tecnologias disponíveis; VI- trabalhar e liderar equipes multidisciplinares: a) ser capaz de interagir com as diferentes culturas, mediante em equipes presenciais ou à distância, de modo que facilite a construção coletiva; b) atuar, de forma colaborativa, ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente como em rede; c) gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias e construindo o consenso nos grupos; d) reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais no mais diversos níveis em todos os contextos em que atua (global/local); e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os aspectos da produção, de finanças, de pessoal e de mercado; VII- conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício da profissão: a) ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos da Engenharia na sociedade e no meio ambiente. b) atuar sempre respeitando a legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isso ocorra também no contexto em que estiver atuando; e VII- aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e aos avanços da inovação: a) ser capaz de assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. b) aprender a aprender. Parágrafo único. Além das competências gerais, devem ser agregadas as competências específicas de acordo com a habilitação ou com ênfase do curso”.
Em termos das competências e formação dadas aos egressos, ainda se deve ressaltar o Art. 5o : “O desenvolvimento do perfil e das competências, estabelecidas para o egresso do curso de graduação em Engenharia, visam à atuação em campos em campos da área e correlatos, em conformidade com o estabelecido no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), podendo compreender uma ou mais das seguintes áreas de atuação: I- atuação em todo o ciclo de vida e contexto do projeto e produtos (bens e serviços), e de seus componentes, sistemas e processos produtivos , inclusive inovando-os; II- atuação em todo o ciclo de vida e contexto do de empreendimentos, inclusive na sua gestão e manutenção; e III- atuação na formação e atualização de futuros engenheiros e profissionais envolvidos em projetos de produtos (bens e serviços) e empreendimentos”.
A presença de grupos acadêmicos diversos promovem o exercício criativo na busca de respostas para desafios, além de inserir na formação do profissional da atualidade um conjunto de competências, de modo a poder melhor interagir em suas atividades, e então vencer os grandes desafios que lhe são impostos.
Cabe considerar o contexto atual de
educação em instituições de ensino.
As escolas de engenharia não podem
ignorar as possíveis disparidades entre as realidades, isto é, entre a que é existente, e a que é desejada; e deve preparar profissionais capacitados para intervir diante das lacunas
no meio técnico, procurando soluções que visem trazer contribuições, de modo a atender as demandas que visem o bem comum. Neste sentido, as escolas de
engenheiros são solicitadas a desenvolver projetos diversos, como por exemplo, o carro que
consome menos combustível fóssil, ou o concreto que tenha o melhor desempenho, a partir de um menor consumo de cimento.
Torna-se, então, relevante a existência de uma boa grade curricular, além de atividades sistemáticas desenvolvidas na instituição, as quais podem contribuir para o exercício acadêmico e o desenvolvimento de competências.
Competências podem ser
compreendidas como "características
subjacentes de um indivíduo, as quais são casualmente relacionadas a uma
performance superior e/ou efetiva, medida por padrões, numa determinada
situação" [2]. Ainda, “as competências são
subjacentes nas pessoas e indicam o modo de comportar em situações, e são
duradouras por um longo período de tempo”[2].
Conforme as suas funcionalidades, e
as suas origens na apreensão, as competências podem ser subdivididas em alguns
agrupamentos, apresentados em [2]: (i) competências mobilizadoras; (ii)
competências táticas; (iii) competências trazidas na bagagem; e (iv) competências
apreendidas.
Podem ser ressaltadas um conjunto de
engrenagens que são capazes de promover no indivíduo a melhor interação, tanto no grupo
como com o meio externo; as táticas que são apreendidas no exercício, tais como
o espírito de colaboração, a capacidade de liderar, delegar, desenvolver e
persuadir; a autoconfiança, a curiosidade, a flexibilidade, o espírito de
iniciativa, a integridade, a persistência e a sensibilidade.
As competências que também podem ser desenvolvidas são: a análise, a capacidade de trabalhar conceitos, a difusão
de conhecimento, e o domínio técnico.
Atualmente, o engenheiro do século
XXI se depara com inúmeros desafios, tais como a capacidade de trabalhar em equipe, e a comunicação local e
global, poder de persuasão e inovação, gerenciamento de projetos, gerando resultados
eficientes e ideias surpreendentes.
Nesse contexto, o principal desafio
da engenharia, hoje, é encontrar um profissional apto a atender as condições
impostas pelo mercado de trabalho, dado o descompasso existente entre o que as
universidades estão produzindo e a realidade do mesmo mercado, que provoca uma lacuna
entre o ensino e a prática dos engenheiros, a qual deve ser preenchida. Assim
sendo, como uma forma de solucionar
problemas, tem-se as equipes de competições de engenharia, compostas por alunos
que, além da realização das atividades da graduação, se dedicam a projetos
práticos, por meio dos quais compartilham de uma troca de informações e
experiências, construindo soluções e recursos para problemas reais do cotidiano
da engenharia.
As equipes ainda são responsáveis por outras
atividades, tais como atendimento de prazos, gerenciamento de projetos e
orçamentos, organização de reuniões e eventos diversos, busca de suporte
financeiro, e demais tarefas que agregam um valor excepcional na qualificação
dos novos engenheiros.
REFERÊNCIAS
[1] GANDIN, D. Prática do planejamento participativo.
Petrópolis, 1998, Editora Vozes, 182p.
[2]
DAÓLIO, C.D. Perfis & competências retrato dos executivos, gerentes e
técnicos. São Paulo, 2004, Érica, 211p.