sábado, 14 de novembro de 2015

CIMENTOS PORTLAND COMPOSTO, DE ALTO FORNO E POZOLÂNICO



Tecnologia dos aglomerantes 

Marco Antônio de Morais Alcantara


Dentro do estudo que tem sido apresentado sobre os aglomerantes, se pôde levantar alguns aspectos que têm sido vistos como os mais relevantes na discussão de suas tecnologias. Estes são listados abaixo basicamente como:

- Os mecanismos realizados para a obtenção do ganho de resistência mecânica, ou seja, quais são os processo químicos, e as etapas consideradas, para que o processo físico de endurecimento tome lugar.

- O desenvolvimento da resistência mecânica paralelamente ao comportamento do sistema nesta fase, tais como: (i) as velocidades de reação, (ii) o calor gerado, e (iii) o contexto em que ocorrem as formações de redes cristalinas.

- A compatibilidade do aglomerante utilizado com as condições de execução, em termos ambientais.

- A qualidade final dos produtos, a partir dos materiais utilizados e das condições de execução; ou seja, no que resulta a microestrutura estrutura interna final do material.

- A compatibilidade do aglomerante com as condições de exposição final do produto. Neste sentido, pode-se considerar as possíveis influências dos efluentes do meio ambiente externo, tais como a água, resíduos químicos, orgânicos e outros. 

 Em decorrência destes aspectos, é desenvolvida esta unidade.

sábado, 7 de novembro de 2015

ESTUDO INTRODUTÓRIO DOS AGLOMERANTES HIDRÁULICOS



Tecnologia dos aglomerantes

Marco Antônio de Morais Alcantara

A Engenharia Civil se constitui em um grande instrumento para a sociedade, dada a sua marcante atuação na solução de grandes problemas relacionados a criação de infraestrutura básica, ao abastecimento de recursos para a sobrevivência humana, e ao favorecimento do aproveitamento dos recursos naturais. Para tanto, tem um repertório técnico, do qual grande parte teve início no exercício daqueles que, dentro de suas funções, se depararam com alguns encargos particulares, e cujas experiências nestes trabalhos resultaram em contribuições para o meio técnico. Dentro do campo dos aglomerantes, registra-se o contato dos romanos com as cinzas de vulcão de Pozzouli, as quais, adicionadas a cal, conferiram às argamassas ganho de resistência mecânica, mesmo sob água, e resistência à dissolução desta. Na Inglaterra Smeaton, em 1756, constatou que calcáreos procedentes de Aberthaw, condado de Clamorgan, contendo certa quantidade de argila, se revelaram capazes de produzirem cales com propriedades hidráulicas, tendo sido esta utilizada com pozolana para a construção de um farol. Parker, também na Inglaterra, em 1796, registrou a patente de um cimento à base de materiais calcáreos e argilosos, denominado por “cimento romano”, e em 1800, na França, Vicat investigou a influência dos compostos argilosos nas propriedades hidráulicas dos aglomerantes, e concluiu que aglomerantes com diferentes graus de hidraulicidade e tempo de atuação como aglomerante podem ser produzidos a partir de diferentes teores de argila na mistura. Pode-se ainda falar da experiência de Aspdin, em 1824, na Inglaterra, produzindo um material intitulado por cimento Portland, e também do cimento da região de Vassy, produzido na França em 1830. Verificou-se com o tempo que o teor de argila em composição, e a temperatura de cozimento, eram significativos para a produção dos cimentos de pega normal.